A porta mágica

Aquela porta mágica no fundo de uma guarda roupa antigo são os meus sonhos. Eles me levam para um mundo perfeito, onde o sofrimento não entra. Um dia desses, ao atravessar a porta, encontrei a nossa vida intocada; cada coisa ainda estava em seu lugar e nada havia sido destruído. Os bons momentos permaneciam protegidos pela fina película da felicidade. Os nossos cheiros ainda permeavam os dias, assim como as flores ainda coloriam o jardim.

O mundo diminuía quando nossos olhares se encontravam com interesse e nada tinha mais importância do que aquele momento único. A força da nossa união movia o universo e todos os astros que o compõe conspiravam ao nosso favor: a Lua, as estrelas e até os cometas mais distantes se posicionavam de acordo com a vontade do nosso coração.

E os laços não se desfaziam, as lágrimas não caíam, a saudade não existia.


Mas a porta se fechou, eu acordei e não estava em seus braços. 


Maria de Beauté

Você


Exato

Inspirado no Conto Menino a Bico de Pena, da Clarice Lispector.


Como viver somente do agora?
Um traço preciso feito de infinita completude.
Sem faltas e sem sobras.
Uma criança antes de virar humano
e abrir mão de sua genuína loucura.
Como deixar de viver para apenas existir?
Um ser errante cheio de indubitável certeza.
Sem sim e sem não.
Uma centelha antes da brisa 
e de perder a força que a torna chama.
Sem trocar o hoje pelo futuro 
e mensurar o tempo como medida
ou sacrificar a verdade para ter o possível.



Maria de Beauté  




 

Dentro dela...

"Um homem jamais pode entender o tipo de solidão que uma mulher experimenta. Um homem se deita sobre o útero da mulher apenas para se fortalecer, ele se nutre desta fusão, se ergue e vai ao mundo, a seu trabalho, a sua batalha, sua arte. Ele não é solitário. Ele é ocupado. A memória de nadar no líquido aminótico lhe dá energia, completude.
A mulher pode ser ocupada também, mas ela se sente vazia. Sensualidade para ela não é apenas uma onda de prazer em que ela se banhou, uma carga elétrica de prazer no contato com outra.
Quando o homem se deita sobre o útero dela, ela é preenchida, cada ato de amor, ter o homem dentro dela, um ato de nascer e renascer, carregar uma criança e carregar um homem.
Toda vez que o homem deita em seu útero se renova no desejo de agir, de ser. Mas para uma mulher, o climax não é o nascimento, mas o momento em que o homem descansa dentro dela."

Anaïs Nin

Anaïs Nin

Opus 1
“Me nego a viver em um mundo ordinário como uma mulher ordinária. A estabelecer relações ordinárias. Necessito o êxtase. Não me adaptarei ao mundo. Me adapto a mim mesma.”
Opus 2
“O erotismo é uma das bases do conhecimento de nós próprios, tão indispensável como a poesia.”
Opus 3
“A carne conta a carne produz perfume, mas o contato com as palavras apenas engendra sofrimento e divisão.”
Opus 4
“A nossa vida em grande parte compõe-se de sonhos. É preciso ligá-los à ação.
Opus 5
“Apenas a batida unindo o sexo e o coração pode criar êxtase.”
Opus 6
“Um amante, quando ele está excitado pelo amor verdadeiro, pode executar uma gama de séculos de sabedoria do amor, que alcance variações de maturidade e inocência, perversidade e arte, dos instintos animais naturais à graça.”
Opus 7
“Não vemos as coisas como são: vemos as coisas como somos.”

Anaïs Nin

Aniversário...

“(...)
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
(...)”

Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)

Rápida e sem sentido

O que há de melhor do que estar bem comigo? Em plena segunda-feira, de um tal mês, acordar disposta a me reinventar; a sorrir ou a chorar, de alegria ou de saudade. Ter o coração tão leve ao ponto de dançar, como se tivesse asas. Asas que deslocam o pensamento, como um sopro de vento, diante de um perfume no ar. E daí que nem tudo está perfeito? E daí que não estamos completos? É justamente neste ponto que mora nossa humanidade.

Frio na barriga

Frio na barriga.  A expressão não define a sensação.  Para mim, é algo mais como cócegas internas, suspiros da alma, um agradecimento do corpo pela leveza do coração. Mas essa sensação é tão boa quanto rara. A correria insana da vida nos obriga a atropelar os sentidos,  a nossa percepção se condiciona ao prático e, assim, deixamos de sentir. O tempo passa e nos tornamos frios, grosseiros, esvaziados. E cada vez menos somos capazes de nos admirar, de respirar profundamente,  de enxergar a beleza de uma flor,  de perceber o encanto de um olhar.  A nossa alma anseia e não sabemos o quê.  Felizmente,  vez ou outra, esbarramos com pessoas que nos fazem despertar: com um sorriso,  uma palavra,  um gesto. Algo que nos toca e resgata a nossa humanidade. Frio na barriga,  obrigada por existir.




Maria de Beauté

Uma que também não achava seu sentido

O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!
                                                                                             Florbela Espanca

A Vida

A vida, as suas perdas e os seus ganhos, a sua
mais que perfeita imprecisão, os dias que contam
quando não se espera, o atraso na preocupação
dos teus olhos, e as nuvens que caíram
mais depressa, nessa tarde, o círculo das relações
a abrir-se para dentro e para fora
dos sentidos que nada têm a ver com círculos,
quadrados, rectângulos, nas linhas
rectas e paralelas que se cruzam com as
linhas da mão;

a vida que traz consigo as emoções e os acasos,
a luz inexorável das profecias que nunca se realizaram
e dos encontros que sempre se soube que
se iriam dar, mesmo que nunca se soubesse com
quem e onde, nem quando; essa vida que leva consigo
o rosto sonhado numa hesitação de madrugada,
sob a luz indecisa que apenas mostra
as paredes nuas, de manchas húmidas
no gesso da memória;

a vida feita dos seus
corpos obscuros e das suas palavras
próximas.


Nuno Júdice

Amor

A jovem deusa passa
Com véus discretos sobre a virgindade;
Olha e não olha, como a mocidade;
E um jovem deus pressente aquela graça.

Depois, a vide do desejo enlaça
Numa só volta a dupla divindade;
E os jovens deuses abrem-se à verdade,
Sedentos de beber na mesma taça.

É um vinho amargo que lhes cresta a boca;
Um condão vago que os desperta e toca
De humana e dolorosa consciência.

E abraçam-se de novo, já sem asas.
Homens apenas. Vivos como brasas,
A queimar o que resta da inocência. 


Miguel Torga

O Poeta

A vida do poeta tem um ritmo diferente
É um contínuo de dor angustiante.
O poeta é o destinado do sofrimento
Do sofrimento que lhe clareia a visão de beleza
E a sua alma é uma parcela do infinito distante
O infinito que ninguém sonda e ninguém compreende.

Ele é o eterno errante dos caminhos
Que vai, pisando a terra e olhando o céu
Preso pelos extremos intangíveis
Clareando como um raio de sol a paisagem da vida.
O poeta tem o coração claro das aves
E a sensibilidade das crianças.
O poeta chora.
Chora de manso, com lágrimas doces, com lágrimas tristes
Olhando o espaço imenso da sua alma.
O poeta sorri.
Sorri à vida e à beleza e à amizade
Sorri com a sua mocidade a todas as mulheres que passam.
O poeta é bom.
Ele ama as mulheres castas e as mulheres impuras
Sua alma as compreende na luz e na lama
Ele é cheio de amor para as coisas da vida
E é cheio de respeito para as coisas da morte.
O poeta não teme a morte.
Seu espírito penetra a sua visão silenciosa
E a sua alma de artista possui-a cheia de um novo mistério.
A sua poesia é a razão da sua existência
Ela o faz puro e grande e nobre
E o consola da dor e o consola da angústia.

A vida do poeta tem um ritmo diferente
Ela o conduz errante pelos caminhos, pisando a terra e olhando o céu
Preso, eternamente preso pelos extremos intangíveis.

Vinicius de Moraes


SONETO DE CONTRIÇÃO

Eu te amo, Maria, eu te amo tanto
Que o meu peito me dói como em doença
E quanto mais me seja a dor intensa
Mais cresce na minha alma teu encanto.

Como a criança que vagueia o canto
Ante o mistério da amplidão suspensa
Meu coração é um vago de acalanto
Berçando versos de saudade imensa.

Não é maior o coração que a alma
Nem melhor a presença que a saudade
Só te amar é divino, e sentir calma...

E é uma calma tão feita de humildade
Que tão mais te soubesse pertencida
Menos seria eterno em tua vida.

Vinicius de Moraes

Cacos no chão



 O fel das tuas palavras
atingiu-me em cheio
eu não pude fugir
da dor que me causaste.

O meu peito trincou
como vidro frágil
e partiu em pedaços
como cacos no  chão

Tua boca que outrora
só amor me dirigia
e adoçava minha vida
com o som da tua voz

Hoje estremece as bases
da minha’alma
e enfraquece os laços
firmados entre nós.

Livros que nos façam felizes...



























“No fim das contas, penso que devemos ler somente livros que nos mordam e piquem. Se o livro que estamos lendo não nos sacode e acorda como um golpe no crânio, por que nos darmos o trabalho de lê-lo? Para que nos faça feliz, como diz você? Seríamos felizes da mesma forma se não tivéssemos livros. Livros que nos façam felizes, em caso de necessidade, poderíamos escrevê-los nós mesmos. Precisamos é de livros que nos atinjam como o pior dos infortúnios, como a morte de alguém que amamos mais do que a nós mesmos, que nos façam sentir como se tivéssemos sido banidos para a floresta, longe de qualquer presença humana, como um suicídio. É nisso que acredito.”


Franz Kafka em carta a Oscar Pollack

Marcha

















As ordens da madrugada
romperam por sobre os montes:
nosso caminho se alarga
sem campos verdes nem fontes.
Apenas o sol redondo
e alguma esmola de vento
quebraram as formas do sono
com a ideia do movimento.

Vamos a passo e de longe;
entre nós dois anda o mundo,
com alguns vivos pela tona,
com alguns mortos pelo fundo.
As aves trazem mentiras
de países sem sofrimento.
Por mais que alargue as pupilas,
mais minha dúvida aumento.

Também não pretendo nada
senão ir andando à toa,
como um número que se arma
e em seguida se esboroa,
- e cair no mesmo poço
de inércia e de esquecimento,
onde o fim do tempo soma
pedras, águas, pensamento.

Gosto da minha palavra
pelo sabor que lhe deste:
mesmo quando é linda, amarga
como qualquer fruto agreste.
Mesmo assim amarga, é tudo 
que tenho, entre o sol e o vento:
meu vestido, minha música,
meu sonho, meu alimento.

Quando penso no teu rosto,
fecho os olhos de saudade;
tenho visto muita coisa,
menos a felicidade.
Soltam-se os meus dedos tristes,
dos sonhos claros que invento.
Nem aquilo que imagino
já me dá contentamento.

Como tudo sempre acaba,
oxalá seja bem cedo!
A esperança que falava
tem lábios brancos de medo.
O horizonte corta a vida
isento de tudo, isento...
Não há lágrima nem grito:
apenas consentimento.

Quem foi Kafka?

Documentário ficcional sobre a vida de Kafka

Direção: Richard Dindo

Baseado na correspondência do escritor tcheco

Ano: 2006


SINOPSE

Autor de A Metamorfose, O Processo, entre outras narrativas, Franz Kafka é considerado um dos escritores mais influentes do século XX e um dos pioneiros da literatura moderna. Usando atores para interpretar as pessoas que melhor conheciam Kafka, o filme é um mosaico de depoimentos, intercalados com trechos da obra do escritor, que revelam de maneira única a vida e o mundo em que viveu Franz Kafka.

Frida - o filme

O filme completo sobre a vida da Friducha:

Direção: Julie Taymor


Baseado na biografia escrita por Hayden Herrera

Ano: 2003


SINOPSE

O filme mostra a vida de Kahlo desde a sua adolescência até a morte. Frida Kahlo foi um dos principais nomes da história artística do México. Conceituada e aclamada como pintora, ela teve também um casamento aberto com Diego Rivera, seu companheiro também nas artes, e ainda um controverso caso com o político Leon Trostky e com várias outras mulheres.

Tête-à-Tête – Simone de Beauvoir e Jean Paul Sartre



TÍTULO: Tête-à-Tête – Simone de Beauvoir e Jean Paul Sartre
AUTORA: Hanzel Rowley
EDITORA: Objetiva
ANO: 2006


O livro chegou com atraso, mas foi um presente pelo meu aniversário de 20 anos. Um presente especial, de uma pessoa especial, em uma data marcante. Ganhei e deixei de lado; depois, coloquei em  uma mala lotada de expectativas, com  destino ao Rio de Janeiro.

Naquele ano eu passava por um intenso reboliço interior. Era um momento de transição, com direito a crise de insônia, álcool e tabaco: a mistura peculiar das mentes inebriadas. Era o chamado espiritual que tudo devora, o  instante em  que todos os conceitos se dissipam e somos despidos diante do mundo.

Toda essa confusão me fazia ler com a necessidade de quem procura um abrigo em  dia de chuva. E realmente chovia muito em  Macaé, cidade que já não tem muitos atrativos. Com o tempo ruim, fomos a serra. As curvas do caminho estavam molhadas e perigosas como nunca, chegamos de madrugada  e montamos barracas improvisadas no meio daquilo que parecia o  nada. Sem TV, Internet, rádio ou telefone, restava-me o existencialismo de Simone e Sartre.

À  medida que eu lia, era envolvida pela atmosfera recriada nas páginas do livro. E logo entendi a crítica do Washington Post trazida na capa:

Cativante... os leitores vão virar  as páginas... hipnotizados”.

 Tête-à-Tête é uma dupla biografia e o desafio de uma vida (creio eu). A autora (Hanzel Rowley)  redescobre detalhes do controverso e intenso relacionamento de dois ícones da filosofia  mundial: Simone de Beauvoir e Jean Paul Sartre, considerados os pais do existencialismo. Ela  investiga os círculos sociais que eles frequentavam, analisa cartas e vestígios deixados, entrevista pessoas que conviveram com eles e consegue fazer um retrato de dois lados. 

É notório que a autora tem mais familiaridade com Beauvoir, a quem entrevistou pessoalmente para fazer uma tese de doutorado sobre o existencialismo.  Apesar  de trazer revelações sobre Sartre, faz isso sempre do ponto de vista de alguém. O livro é contundente, bem escrito e alicerçado em anos de pesquisa. Traz fotos, dados, trechos de cartas e diários. Começa com o instante em que os personagens principais se conheceram na Sorbonne, em 1929. Simone tinha 21 anos e Sartre se sentiu atraído por “sua beleza e inteligência, sua voz rouca e a velocidade com que falava”.

Daí em diante as histórias seguem se entrelaçando a cada capítulo até se tornarem uma só. Os apaixonantes escritores alimentaram durante toda vida um relacionamento notavelmente aberto, onde recusaram o casamento e compartilharam paixões.  Rowley teve acesso a um material inédito e  por isso nos traz conversas do casal sobre questões íntimas. Assim, ficamos por dentro das angústias que eles também sentiam.

Simone era aterrorizada com a ideia de que um dia iria envelhecer e morrer. Para ela, que era muito vivaz, convalescer parecia inaceitável. Já Sartre era  perturbado por sua feiura, fato que atrapalhava inclusive seu desempenho sexual, apesar de ter muitas parceiras, ele certamente às conquistava com a inteligência.  


Em 1929 Sartre e Beauvoir firmaram o pacto:

O Amor que tinham um pelo outro era ‘essencial’ e fundamental. Eles eram dois da mesma espécie, um duplo do outro e seguramente seu relacionamento duraria a vida inteira”.

Mas ele desde sempre deixara claro que não queria a monogamia: “Sartre estava convencido de que o amor não era possessão. Para ele, o tipo mais generoso do amor significava amar a outra pessoa como  um ser livre”.

Ela titubeou, mas aceitou a proposta ao perceber que  também precisava de liberdade. E foi nisso que basearam suas vidas, na liberdade que pregavam e se esforçavam para seguir, mesmo que sofressem.

Com a leitura, pude compreender um pouco mais da personalidade de uma pessoa que sempre me fascinou. Não posso dizer que Beauvoir representa para mim um modelo, mas uma inspiração. O bom de ler biografias é perceber que  aqueles que admiramos são, antes de tudo, seres humanos. Também têm suas falhas e fragilidades. Simone tinha muitas, mas ela  nunca teve a pretensão de criar um estereótipo, era apenas ela mesma,  com suas confusões internas e indecisões.

Não se encaixava muito bem ao modelo social em que estava. Não aceitava as imposições da sociedade de sua época e lutava contra a formatação. Não pretendia ditar um padrão, porque não queria ter que seguir um.

Já o Sartre era um pouco controverso sim. Como todo homem, ele quis ser um macho alfa, cheio de mulheres e pregando a tal liberdade, mas no fundo era um garoto feio, dependente e brilhante.

Com essa biografia percebi que os momentos de nebulosa confusão mental e existencial são parte da vida dos seres pensantes, daqueles que cultivam o estranho hábito de refletir sobre sua própria existência. Reflexão essa que é motivada por dúvidas e questionamentos e que às vezes parece nos enlouquecer, mas que no fim das contas nos  diferencia e engrandece.

Foi assim com Sartre, Beauvoir, Kahlo, Diego Rivera e tantos outros. Eles caminharam sobre a linha tênue que separa a genialidade da loucura e expressaram esse difícil malabarismo em suas obras.

Ainda embebecida pela leitura resolvi me abrir um  pouco mais às experiências que aquela viagem  me  oferecia. Quando a chuva deu uma trégua, olhei à minha volta e tive a impressão de estar num pedaço do paraíso. Foi mágico! Pude perceber que a vida depende apenas da gente para ser boa ou ruim.  

Sobre este blog

“Nós que não estamos aqui só a passeio...” Temos um árduo caminho a percorrer. Um caminho cheio de altos e baixos, cheio de desafios, de obstáculos, de alegrias e descobrimentos. O caminho leva ao sacrifício que muitas vezes implica em solidão. Mas, envolvidos em uma atmosfera inebriante, buscamos o que nos move: amor, paixões, sonhos... não importa. Iniciamos o processo, seguimos o caminho e ao longo dele nos deparamos com outros que também estão em busca de si. É assim que começamos a dividir, conhecer, acrescentar, compartilhar... experiências, momentos, vidas e prosas.

Maria de Beauté


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